Eu dançava brega, bebendo cerveja na garrafa de 600 ml. Minha maquiagem tava borrada, meu cabelo despenteado. Eu já tinha chorado e mandado mensagem pra quem não devia - bêbado com celular é uma bosta.
Do nada ele me puxou pela mão e me levou pro balcão do bar. Pediu uma água (pra mim, hehe). Conversamos um pouco, fiz perguntar bestas como: por que um homem trai uma mulher?
Ele me deu três respostas prováveis. As mais verdadeiras e sinceras que ouvi até hoje.
Eu deixei ele ali. Voltei três minutos depois. Beijei. Passei meu telefone e fui embora, de novo.
No outro dia meu telefone tocou. E no outro. E no final de uma tarde de domingo gostosa. E numa madrugada que eu não pude sair, a voz embriagada do outro lado disse:
- Viu só! Você não quis sair comigo e agora tô bêbado. Te amo!
Era tão espontâneo e sincero e tão massa. Eu era tão eu, mas ficava cega nos momentos em que não devia.
Até que um dia, num ato de auto-boicote, virei uma astronauta. Uma astronauta idiota e com pouco oxigênio.
Agora tô fora de órbita até sei lá quando. Mas o negócio é que eu gosto de extra-terrestres.
Meu nome não é Luciana
Há 6 anos
Um comentário:
a cada texto tu me impressiona mais, guria. :~
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