domingo, 27 de julho de 2008

Shorter of breath and one day closer to death

Tinha pensado em vários textos pra colocar aqui, rendiam uma série, tinha até um parecido com o último, que não deu muito ibope. Agora, que tive um tempinho pra gastar aqui, deu branco. Vamos tentar alguma coisa, já que isso é terapia pra mim.

Já falei no meu drama futura recém-formada?? Depois de sete anos estudando não é difícil parar assim... devia ter acompanhamento psicológico em casos como o meu. Apesar de estar de saco cheio de ir até a faculdade e de algumas precariedades do meu curso, eu sei que vou sentir falta. O que pesa mais mesmo, é que, depois que me formar, não terei mais desculpas, terei que lutar por uma vaga na minha área (seja RP ou jornalismo). E isso dá medo, porque é tão difícil. Também acabou minha desculpa pra não fazer inglês, espanhol, francês e russo, nem pra não fazer nenhum exercício físico, nem pra ter só um emprego se o outro for de meio período, nem pra decidir o que eu quero da minha vida de verdade. Gente, o que eu quero da minha vida, de verdadade??????

Acho que eu deixei pra pensar tarde demais sobre o que eu vou fazer com verdadeira empolgação, todos os dias do resto da minha vida. Não quero deixar a vida passar sendo empurrada pela barriga, aceitando uma situação como se não tivesse oportunidade de mudá-la. Principalmente, porque eu sei que é isso que estou fazendo agora. Viver na ignorância é maravilhoso... saber que a gente não está fazendo nada pra mudar é muito pior do que se não tivéssemos nenhuma consciência sobre isso.

Tenho a impressão que fico colocando obstáculos na minha frente, eu to me sacaneando. Digo que quando terminar alguma coisa, farei outra. Mas quando termino, coloco outra prioridade, que nem é tão prioritária assim e depois outra, e outra, e outra... até perder o rumo e fingir que esqueci da meta.

O mais desesperador de tudo, é que eu acho que todo mundo sente isso... e ninguém consegue explicar porque fica deixando pra viver depois. Como a gente se engana, como a gente gosta de ser enganado...

Música de hoje: "Time", do Pink Floyd!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Life is a waterfall

Cá estou eu, com meu chá e meu farto pedaço de bolo, lendo algumas coisas interessantes na internet. O que não é raro, mas admito que ultimamente meu tempo na frente do computador tem sido desperdiçado com informações completamente inúteis, pra não dizer que nem chegam a ser informações.

Preciso abrir um parênteses: (Minha cabeça voltou fervilhante da orientação do meu TCC. Eu achei a justificativa perfeita pro nosso produto ser impresso e não virtual. Na internet as pessoas são mais dispersas do que costumam ser normalmente – pra não dizer na vida real. Muita informação, muita coisa inútil, muita gente preocupada demais com as pessoas e de menos com os ideais.

No papel a gente se concentra mais, nenhum pop-up, mensagem no MSN e outros aplicativos piscando, gritando ou tremendo a tela para chamar a atenção. A linguagem é diferente, o conteúdo pode ser mais aprofundado, você pode levar pra outros lugares e ler tranquilamente, inclusive no banheiro, mesmo que seu computador não seja portátil ou sua internet wireless não alcance o cômodo) Fecha parênteses.

Eu comentava que estava lendo algumas coisas interessantes e úteis, pois bem, achei esse texto:

Vendendo a Amazônia

http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/helioschwartsman/ult510u413846.shtml

Que foi seguido por este:

Rifando a Amazônia

http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/helioschwartsman/ult510u416068.shtml

Se você não os leu dificilmente vai entender os comentários abaixo. E eu espero, de coração, que os freqüentadores desse humilde blog (aqueles que eu não sei que me visitam) percam alguns minutos do seu precioso tempo.

Leu? Pois é. A maioria dos leitores é burra. O cara escreveu um texto ótimo, contextualizado, utilizando para o entendimento do leitor vários exemplos. Contudo, a maioria não entendeu que, ao contrário da venda da Amazônia, ele estava falando sobre o estado de cegueira na qual algumas armadilhas psíquicas nos colocam, como o sentimento exacerbado de nacionalismo. Nesse contexto também se encaixam diversas modalidades do fanatismo, inclusive o religioso. Acredito que fui bem clara quando acrescentei a palavra cegueira e não preciso explicar qual a conseqüência desses sentimentos em um ser humano.

As pessoas leram, não entenderam e ainda foram comentar, com xingamentos, o que pra mim só concretiza a falta de capacidade intelectual.

Sou obrigada a cair num discurso batido, mas que jamais foi colocado em prática, pelo menos no nosso Brasil varonil. Precisamos melhorar a educação, precisamos ler mais, precisamos pensar as coisas de maneira crítica, precisamos ampliar a nossa visão sobre as coisas e não enxergar apenas o nosso umbigo.

É por essas e por outras que tenho certeza que só serei uma boa jornalista, sem ser uma profissional medíocre, daqui muito tempo. Porque eu preciso de muita bagagem, experiência e uma imensa auto-crítica. Não quero sair escrevendo textos de pseudo-opinião, que falam (e falam mal) a mesma coisa, sobre tudo o que todo mundo já sabe, achando que estou revolucionando o mundo com uma visão ímpar e singular que não dá um passo além da subjetividade massificada, à qual a maioria da população está condicionada.

Fiquei com algumas coisas que renderiam discussões interessantes:

A Amazônia precisa ser minha pra que eu ajude a preservá-la?

As mesmas pessoas que destilam palavrões e textos sem fundamento fazem alguma coisa pra mudar alguma coisa – ou pelo menos o que criticam?

Agora escutem “Aerials” do System of a Down.

“Aerials
In the sky
When you lose small mind
you free your life
Aerials
So up high
When you free your life
eternal prize”

Aliás, escutem todas as músicas do SOAD.


Prometo que meu próximo texto falará só sobre mim e minhas dúvidas, sentimentos, angústias, alegrias, certezas e insanidades.