sábado, 13 de setembro de 2008

Tragicomédia

Ontem foi o dia mais desastrado da minha vida. (Se alguém não sabe, eu sou exagerada)
Acordei muito feliz, mais tarde do que deveria e fiz um trajeto perfeito até a faculdade, ouvindo as músicas da vez. Mas foi na faculdade que tudo começou. Eu precisava pegar a fita e o relatório de reportagem, que estavam na redação, pra editar uma matéria. Mas a chave estava com uma aluna que, por sua vez, estava em aula e quando meti o cabeção pela porta ela tava apresentando trabalho. Ok! Perdi uns 45 minutos aí. Depois eu NÃO TINHA O RELATÓRIO DE REPORTAGEM! Liguei pro grupo e pedi. Mais uns 30 minutinhos.
Abro a janela da ilha de edição, sento em frente ao computador e penso: se ontem tinha gente usando essa câmera pra capturar a imagens, porque eu não posso usar hoje?
Essa reflexão tem fundamento no aviso do menino que estava editando antes: a câmera estava com problemas e eu até tinha emprestado outra pra colocar no lugar dela. Mas a preguiça é uma praga.
Ligo a câmera, coloco a fita, aperto o play e... não funciona! Pra melhorar a situação (já eram 10h) a maldita-câmera-desalmada comeu a fita. Simmmm, aquela coisa brilhosa e desmongolada pra fora me lembrou uma barriga estripada, que eu nunca vi. Logo, não pode ter me lembrado nada, muito menos render uma analogia significativa pro meu texto. Ainda bem que o Luis existe e em menos de dois minutos, puxando daqui e dali a fita ficou ok.
Mãsssss, a matéria tinha probleminhas técnicos que me deixaram na ilha até 12h20 sem que eu tivesse conseguido terminar. Teria que voltar à noite.
Da faculdade até o trabalho e enquanto fiquei vendendo meu tempo, não lembro de nenhum acontecimento de má sorte, a não ser minhas bananas para o lanche que se tornaram uma massa inconsumível.
De volta à faculdade, vt editado em pouco tempo, enquanto meus amigos me esperavam no bar, bebendo cervejas importadas e comendo brownie com sorvete. Mas logo eu estaria lá, caso... não tivesse entrado no ônibus errado.
Isso mesmo! Peguei o famoso falcão prateado, ou Inter 2, pro lugar errado. Fui parar no campus de Agrárias da Federal. No tubo, só eu e o cobrador que estava cochilando e que, depois de acordar por dois minutos, me garantiu que o último ônibus em direção ao terminal tinha demorado 40 minutos.

Ao telefone:
- Gente, peguei o ônibus errado. Desisto de mim hoje, acho que é um sinal. Melhor ir pra casa.
Do outro lado:
- Faz o seguinte, vai pra casa que a gente te pega lá!

E eu fui. O bar tava cheio, demoramos duas horas pra conseguir uma mesa de sinuca e eu encaçapei uma única bola. Voltei tarde, dormi pouco e, apesar de tudo que "deu errado", eu me diverti muito rindo da minha cara.
Cada acontecimento inesperado mostrou que não adianta planejar muita coisa e ficar nervosa com o que acaba não dando certo, tendo um desvio de percurso ou mudando de enfoque. Sabe aquela incerteza que dói no peito e ao mesmo tempo faz ele bater mais forte?

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