Cá estou eu, com meu chá e meu farto pedaço de bolo, lendo algumas coisas interessantes na internet. O que não é raro, mas admito que ultimamente meu tempo na frente do computador tem sido desperdiçado com informações completamente inúteis, pra não dizer que nem chegam a ser informações.
Preciso abrir um parênteses: (Minha cabeça voltou fervilhante da orientação do meu TCC. Eu achei a justificativa perfeita pro nosso produto ser impresso e não virtual. Na internet as pessoas são mais dispersas do que costumam ser normalmente – pra não dizer na vida real. Muita informação, muita coisa inútil, muita gente preocupada demais com as pessoas e de menos com os ideais.
No papel a gente se concentra mais, nenhum pop-up, mensagem no MSN e outros aplicativos piscando, gritando ou tremendo a tela para chamar a atenção. A linguagem é diferente, o conteúdo pode ser mais aprofundado, você pode levar pra outros lugares e ler tranquilamente, inclusive no banheiro, mesmo que seu computador não seja portátil ou sua internet wireless não alcance o cômodo) Fecha parênteses.
Eu comentava que estava lendo algumas coisas interessantes e úteis, pois bem, achei esse texto:
Vendendo a Amazônia
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/helioschwartsman/ult510u413846.shtml
Que foi seguido por este:
Rifando a Amazônia
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/helioschwartsman/ult510u416068.shtml
Se você não os leu dificilmente vai entender os comentários abaixo. E eu espero, de coração, que os freqüentadores desse humilde blog (aqueles que eu não sei que me visitam) percam alguns minutos do seu precioso tempo.
Leu? Pois é. A maioria dos leitores é burra. O cara escreveu um texto ótimo, contextualizado, utilizando para o entendimento do leitor vários exemplos. Contudo, a maioria não entendeu que, ao contrário da venda da Amazônia, ele estava falando sobre o estado de cegueira na qual algumas armadilhas psíquicas nos colocam, como o sentimento exacerbado de nacionalismo. Nesse contexto também se encaixam diversas modalidades do fanatismo, inclusive o religioso. Acredito que fui bem clara quando acrescentei a palavra cegueira e não preciso explicar qual a conseqüência desses sentimentos em um ser humano.
As pessoas leram, não entenderam e ainda foram comentar, com xingamentos, o que pra mim só concretiza a falta de capacidade intelectual.
Sou obrigada a cair num discurso batido, mas que jamais foi colocado em prática, pelo menos no nosso Brasil varonil. Precisamos melhorar a educação, precisamos ler mais, precisamos pensar as coisas de maneira crítica, precisamos ampliar a nossa visão sobre as coisas e não enxergar apenas o nosso umbigo.
É por essas e por outras que tenho certeza que só serei uma boa jornalista, sem ser uma profissional medíocre, daqui muito tempo. Porque eu preciso de muita bagagem, experiência e uma imensa auto-crítica. Não quero sair escrevendo textos de pseudo-opinião, que falam (e falam mal) a mesma coisa, sobre tudo o que todo mundo já sabe, achando que estou revolucionando o mundo com uma visão ímpar e singular que não dá um passo além da subjetividade massificada, à qual a maioria da população está condicionada.
Fiquei com algumas coisas que renderiam discussões interessantes:
A Amazônia precisa ser minha pra que eu ajude a preservá-la?
As mesmas pessoas que destilam palavrões e textos sem fundamento fazem alguma coisa pra mudar alguma coisa – ou pelo menos o que criticam?
Agora escutem “Aerials” do System of a Down.
“Aerials
In the sky
When you lose small mind
you free your life
Aerials
So up high
When you free your life
eternal prize”
Aliás, escutem todas as músicas do SOAD.
Prometo que meu próximo texto falará só sobre mim e minhas dúvidas, sentimentos, angústias, alegrias, certezas e insanidades.
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