quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Ela, de novo!

Eu sempre procuro estar rodeada por loucos, pois sempre achei que minha loucura era pouca e precisava de mais combustível pra incendiar tudo de vez. Amo pessoas loucas. Elas me inspiram, me mostram mundos diferentes em coisas que antes passavam despercebidas. As pessoas loucas tem um quê inexplicável, mas que me atraem, como se estivesse ligada à elas por fios, teias. Insanos seduzem, puxam, sugam, são redemoinhos aleatórios. Em um mundo frio, eles são quentes. Eu estou imersa em um universo de loucos.
Hoje eu me descobri uma louca de pedra. Mas é uma loucura inofensiva, daquelas que só fazem mal a mim, sometimes, ou quase todos os dias. Mas eu não vivo sem ela. É uma coisinha meio incômoda, mas indispensável. Sempre me enche de caraminholas, manias, neuras. Mas me permite sempre fazer coisas impensáveis para pessoas de plástico (ah! as conversas com os loucos no bar). Eu tenho muito sangue correndo nas veias, dos meus olhos escorrem muitas lágrimas, eu tenho medos, inseguranças e muita sensibilidade.
A loucura te põe em cada uma. São verdadeiros labirintos com muitas luzes, cores, cheiros, gostos, toques e vida. Faz enxergar coisas que não existem e que por fim se tornam reais. O amor é indispensável à loucura. Afinal, quem, em sã consciência, se entregaria ao amor. Essa sementinha no estômago que cresce e toma conta do seu corpo. Envolve dor, incerteza, insegurança, ciúmes (mas nunca posse). São pessoas, coisas, atos, sons, extremamente apaixonantes e tãooo, mas tãooo loucos. A loucura, meu Deus, faz tudo parecer tão desconexo e te obriga a procurar pelo encaixes, mesmo quando você sabe que eles não existem. Aí, você inventa um remendo e tudo fica tão lindo, e perfeito, e claro. Dá vontade de abraçar o mundo e de chorar, porque aquilo, só os loucos conseguem enxergar. É um sentido que não faz sentido nenhum, pra ninguém e, por isso mesmo, é tão óbvio.
Aquela vontade de chorar engasgada, aquela tristeza por coisas ínfimas, que são perseguidas por alegrias subestimadas, como aquele arrepio na espinha de uma lembrança que passa correndo pela cabeça. Quando são, você não a percebe.
O desejo de gritar, se descabelar, subir em uma árvore -- como você fazia na infância -- e comer uma fruta. Por que tantas pessoas negam à essas coisas e fingem que não é nada com elas? O que elas sentem? Como elas sentem o mundo, se não é dessa forma descontrolada e desordenada da loucura?
A falta de impedimento pra falar o que se sente, pra falar do que corrói por dentro, de ser humano. Falar, fazer, cair, levantar. Jamais, mas jamais, desistir. Mudar de idéia, mudar de rumo, essa é uma coragem presente somente nos insanos. A loucura vem acompanhada de medo, mas um medo que não cala, que te faz seguir em frente, pegar um atalho, voltar, repetir. Não existe erro ou acerto. Existem momentos que não voltam, coincidências e destinos. Mas é incerto, é louco, é vivo, é lindo!

4 comentários:

mau disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
mau disse...

Bom texto amiga. :) Apesar que fiquei um tanto curiosa com alguns assuntos subjetivos de seu texto, e como você sabe eu aprecio em demasia tal aspecto. Por isso amo tanto L. Fagundes T. (preguiça de escrever um nome tão complicado)

Precisamos nos encontrar para divagar nossas loucuras.

Sabe, ser louco, essa palavra é uma merda. Acho que prefiro apenas ser eu mesma. E talvez isso seja incrivelmente louco.
Emaranhado de sentimentos, pensamentos, sesanções que voão mil por hora e não cessam se quer um minuto.

Mas façamos nossa pausa. Por hora.

Vou dormir!!!!!!!!!!!

Gungi disse...

Antes de mais nada, este comentário vem de pois de uns 8 baldinhos de heineken... a parte do estomago... todoooo mundo fala de coração... mas porra... ei sinto tudo no estomago.. por que todo mundo fala que quando ve alguem que quer ou quis sente um friozinho na barriga??? entao... é o estomago.. que mané coração..

resolvi esquecer tooodos os acentos por causa da maldita reforma ortografica... quase todos..

beiiijo

amanda audi disse...

hahaha, dá pra ver certinho você falando tudo isso!

ah, as conversas de bar...